Mais um capítulo da minha árdua vida....

É completa a desilusão
Total escuridão
Na qual anda o meu coração

O caminho árduo do pecado
Traz-me cicatrizes fundas
Ao ponto de todas as noites
Sentir-me desprotegido, no escuro
Tentando sentir o afago
De alguém que há muito afastei
Por conta dos meus atos

Onde posso me encontrar?
Onde posso me curar?
Dos atos que tornam a deformar-me
Mutilando minha natureza
Sangrando até mesmo a minh’alma
Cujo sangue imaginário
Jorra em rios de desilusões e angústias
Encontrando o oceano de decepções
Onde minha consciência repousa
Esperando pelo inicio do eterno
Cujo ardor me aguarda

Não vejo mudanças
Minha vida tem sido a constante
Nada novo tudo velho
Somente as lágrimas se renovam
Dia-a-dia nas mesmas porções
De desprezo por mim mesmo
A negação do inegável
O afastamento do inseparável

Assim os meus dias têm passado
E eu somente posso observar
Da grande janela de fingimentos
Cuja minha vida é moldura
Não me restam forças para lutar
A inércia dos meus atos é demasiadamente grande
Só me resta esperar o que é inevitável
O amanhã igual ao hoje, ao ontem
Onde a minha natureza é revelada
Onde os meus atos são expostos
Onde a minha humanidade é notada
Isso mesmo! Humanidade, despida
Nua, sem maquilagens ou enfeites
Dura, como ela nunca deveria deixar de ser.

Mais um capítulo da minha árdua vida....

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Onde foi parar aquilo que nos fora ensinado outrora?

Ensaio sobre a depressão

Está bem próximo!