Doce dama, mas não tão, quando se quer

O quanto posso me deleitar nas tuas suaves curvas
És uma dama, insaciável
Podes ser extremamente singela
Ao passo que podes assumir postura agressiva
Ao ponto de devastar qualquer matéria
Seja sonho, seja real
Não importa a composição
É da tua natureza ser indecifrável

Não precisas ser demasiadamente veloz em seus movimentos
Os teus ciclos são os mais perfeitos
Teu doce balancear
Tua voz, tua pulsação
Encanta, faz dormir
Mas, também, arrasa, destrói
É da tua natureza ser incontrolável

Não precisas ser demasiadamente educada
Teus impulsos são o que mais me seduz
São teus pulos, pulsos
Teu coração desordenado
Teus braços pendentes
Teu fôlego golpeando meu juízo
Repito, insisto, não sejas demasiadamente educada

Podes ser vulgar, como os eruditos chamam
Podes ser suave, primitiva
Ao ponto de despertar as mais escondidas das emoções
Podes ser milimetricamente marcada, trabalhada, mas não precisa
Como podes ser totalmente espontânea, como um grito
Explodindo em lágrimas, sedentas de expressionismo

Oh! Sim! Podes ser tudo isso
Deixem a música tocar...

Iratuã Júnior – 06/10/2009

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