Morte e Vida
Todas as noites eu sinto nojo do meu corpo. Fingir que gosto, que amo, que me agrada ser vulgarizada, sodomizada, usada para dar aos frustrados que me procuram o que eles conseguem conquistar em casa. Um cliente me chama neste exato momento. O meu cafetão me diz que devo me aprontar. “Esse é especial” disse ele. Ele chegou! O cliente. Dá nojo a cara do cafajeste de quase um metro e oitenta de altura. Nem a aliança ele tirou. Sem delicadeza alguma, apenas munido de um sorriso cínico ele arranca a minha roupa e me atira na cama, jogando todo o peso do seu corpo em cima do meu. O canalha fede a cigarro e a álcool. Sinto dores, terríveis. Ele nem ao menos esperou eu estar pronta. Fui violentada mais uma vez! Ele passa ali o tempo que necessita, me xingando, batendo, mordendo e com um urro cai, cambaleando exausto para o lado. Sinto muita dor, apenas dor. O nojento sai com o mesmo sorriso, amarelo, incompleto, sujo, que chegou e sem que dê tempo de me recompor, o meu cafetão vem recebe