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Mostrando postagens de maio, 2010

Morte e Vida

Todas as noites eu sinto nojo do meu corpo. Fingir que gosto, que amo, que me agrada ser vulgarizada, sodomizada, usada para dar aos frustrados que me procuram o que eles conseguem conquistar em casa. Um cliente me chama neste exato momento. O meu cafetão me diz que devo me aprontar. “Esse é especial” disse ele. Ele chegou! O cliente. Dá nojo a cara do cafajeste de quase um metro e oitenta de altura. Nem a aliança ele tirou. Sem delicadeza alguma, apenas munido de um sorriso cínico ele arranca a minha roupa e me atira na cama, jogando todo o peso do seu corpo em cima do meu. O canalha fede a cigarro e a álcool. Sinto dores, terríveis. Ele nem ao menos esperou eu estar pronta. Fui violentada mais uma vez! Ele passa ali o tempo que necessita, me xingando, batendo, mordendo e com um urro cai, cambaleando exausto para o lado. Sinto muita dor, apenas dor. O nojento sai com o mesmo sorriso, amarelo, incompleto, sujo, que chegou e sem que dê tempo de me recompor, o meu cafetão vem recebe

Mais um capítulo da minha árdua vida....

É completa a desilusão Total escuridão Na qual anda o meu coração O caminho árduo do pecado Traz-me cicatrizes fundas Ao ponto de todas as noites Sentir-me desprotegido, no escuro Tentando sentir o afago De alguém que há muito afastei Por conta dos meus atos Onde posso me encontrar? Onde posso me curar? Dos atos que tornam a deformar-me Mutilando minha natureza Sangrando até mesmo a minh’alma Cujo sangue imaginário Jorra em rios de desilusões e angústias Encontrando o oceano de decepções Onde minha consciência repousa Esperando pelo inicio do eterno Cujo ardor me aguarda Não vejo mudanças Minha vida tem sido a constante Nada novo tudo velho Somente as lágrimas se renovam Dia-a-dia nas mesmas porções De desprezo por mim mesmo A negação do inegável O afastamento do inseparável Assim os meus dias têm passado E eu somente posso observar Da grande janela de fingimentos Cuja minha vida é moldura Não me restam forças para lutar A inércia dos meus atos é d

De mim, para mim mesmo.

Como adoraria te olhar nos olhos e dizer o quanto és bela! Vejo os teus olhos, de um brilho irrefutável, invariavelmente belo e ludíbrico e embriagante, ao ponto de me perder ao observar-te, nas mais singelas das atividades. Tua delicadeza, suave como a brisa, singela como o toque da marola do mais límpido dos mares, mas não tão leve ao ponto de não ser percebido. Capaz de despertar em meu espírito o mais primitivo dos instintos, onde tudo e nada simplesmente se tornam um, ao ponto de somente desejar sentir a textura da tua pele. Perco a compostura por uns momentos! Paro, respiro fundo e torno a racionalidade. Porem não conseguiria me ater em dizer quão linda és e o quão maravilhosa deve ser a experiência de tocar-te, sem censura, sem escrúpulos, sem limites. Dedicaria-me unicamente em explorar os teus pontos, o teu corpo e os teus gostos. Como a escrita me fascina ao ponto de poder me abstrair as paixões de outros como se fossem minhas. Faço completo uso da prosa, dos versos para

Como te disse, quente!

Sinto algo dentro de mim! Há algum tempo percebi que algo diferente cresce e que, de forma alguma, poderei fugir disso. Sempre fui alheio ao mundo e aos seus atrativos, mas poderia traçar uma linha muito tênue entre as coisas que me agradam, mas hoje vejo de outra forma: uma angústia cada vez maior, um grito que rasga o meu peito em um desejo desesperado de gritar por socorro e aguardar, assim como uma criança em uma noite repleta de trovões e raios aguarda ansiosamente pelo acolhimento dos braços da mãe, assim anseio por algo que antes me era impossível. O meu choro, as minhas lágrimas, os meus erros, a minha angústia, tudo isso foi entregue ao fogo consumidor que purifica tudo em mim e hoje sei: algo realmente vive em mim e disso não fugirei. Estou aqui! (como te disse, quente!)